INTERCESSÃO


O MINISTÉRIO DE INTERCESSÃO NO GRUPO DE ORAÇÃO

I. Conceito
O Ministério de Intercessão é uma das equipes de serviço do Grupo de Oração, sendo assim, todos os que dela fazem parte são participantes do mesmo Grupo de Oração onde fervorosamente louvam, vivem os carismas e ouvem a Palavra proclamada. O Intercessor é um participante assíduo do seu Grupo de Oração!
Durante a Reunião de Oração, os intercessores estão dentro do grupo, participando e vivendo o Pentecostes. Todo servo na RCC, em qualquer esfera, é antes de tudo um participante do Grupo de Oração. Todos os ministérios/serviços nascem e são caracterizados pelo exercício continuado dos carismas nos Grupo de Oração . Portanto todos devem participar permanentemente dele (cf. At 2,42-47).
A equipe de Intercessão é um grupo menor, formado por doze pessoas no máximo, que se reúne semanalmente em outro dia ou horário diferentes da Reunião de Oração, para interceder pelo Grupo de Oração e pelas intenções específicas da RCC.

II. Como formar uma Equipe de Intercessão?
A equipe de intercessão é formada pelo discernimento do Núcleo do Grupo de Oração, assim como as demais equipes de apoio do Grupo.
O núcleo do Grupo de Oração é quem tem o carisma de governo e coordenação e é o responsável por organizar as equipes que vão sendo necessárias para o funcionamento e crescimento do Grupo: acolhida, cura, crianças, intercessão, música, novos participantes, livraria etc. Cabe ao núcleo discernir as pessoas do Grupo que serão chamadas para as diversas equipes.
Os servos do núcleo do Grupo selecionam alguns nomes (ouvindo também sugestões dadas pelos outros servos) e, em sua oração pessoal, ouvem o Senhor e confirmam na Palavra de Deus. Num segundo momento partilham na reunião do núcleo o que o Senhor lhes falou. Os nomes que forem discernidos e confirmados pelos membros do núcleo serão chamados para a equipe de intercessão.
Há critérios humanos que também auxiliam na escolha das pessoas, tais como:
• Ser madura na fé, buscando uma vida de oração pessoal diária;
• Ter vida sacramental (confissão e eucaristia);
• Ser sigilosa e discreta;
• Ser assídua ao GO;
• Ser obediente e submissa à coordenação;
• Ser sincera e humilde;
• Assumir o compromisso de reunir-se semanalmente para a intercessão.
É bom lembrar que o Senhor não olha as aparências, procurando chamar apenas os capacitados, mas Ele vai capacitando os escolhidos!
A vivência e uma caminhada maior na Renovação Carismática também ajudam, mas não devem ser os principais critérios de escolha, pois alguns, pela abertura maior, atingem uma maturidade espiritual e uso dos dons antes dos outros.
A equipe de intercessão recebe notícias e orientações do núcleo e deve tomar parte em retiros e aprofundamentos anunciados na reunião, procurando sempre crescer mais no Espírito Santo e no seu ministério.
Depois de formada a equipe de intercessão, o núcleo do Grupo de Oração deve definir, entre os participantes, quem será o responsável pelas coisas práticas, por exemplo, o local onde deverá ser a reunião, de preferência fixa, o mesmo dia da semana e hora; recebimento de cartas, bilhetes, telefones e pedidos de oração.
III. Desenvolvimento da Reunião da Intercessão
Os membros da equipe de intercessão devem preparar-se antes de ir para a reunião na vivência concreta das práticas espirituais (jejum, meditação do Rosário, leitura orante da Bíblia, Sacramentos da Confissão e da Eucaristia, Oração Pessoal e Adoração do Santíssimo Sacramento).
O local pode ser numa capela, na casa de um intercessor ou numa sala na paróquia. Não há exigência que seja diante do sacrário. O critério de discernimento deve ser a privacidade e a liberdade no Espírito que os intercessores terão no lugar escolhido.
Na reunião da intercessão sugere-se a seguinte sequência:
a) Iniciar com a oração de São Miguel Arcanjo;
b) Orar o Magnificat (cf. Lc 1,46-55), cântico de libertação, pedindo a proteção de Maria Santíssima como mãe e intercessora;
c) Orar clamando a armadura do Cristão (cf. Ef 6,10-17);
d) Pedir o dom da humildade (cf. 2 Cor 10,4-5);
e) Pedir a proteção do Sangue de Jesus sobre nós, nossas casas, famílias, trabalhos, etc (cf. 1 Pd 1,18-19; Rm 5,9).
f) Faz-se então um breve momento com oração de perdão individual orando-se uns pelos outros, para que sejamos um canal sem obstruções.
Obs1.: Ressaltamos, contudo que essas orações não são “fórmulas mágicas”, devendo ocupar um breve tempo inicial da reunião e que só terão eficácia se todos os intercessores estiverem abertos e sendo movidos pelo Espírito Santo de Deus.
Obs2.: A intercessão é uma oração de batalha espiritual, por isso todos precisam do sustento da oração uns dos outros. Mesmo durante a semana podemos recorrer uns ao outros para participar e orar por alguma necessidade pessoal, mas se deve ficar bem claro que, ao iniciar o grupo de intercessão, os interesses pessoais e preocupações ficam de fora, porque nossa prioridade é prestar um serviço aos irmãos. O nosso enfoque passa a ser o Grupo de Oração e as intenções específicas da RCC.
O grupo deve dispor sempre de um tempo para orar, uns pelos outros, por suas famílias, comunidades e ainda, se for o caso, por alguma necessidade ou problema imediato. Esta intercessão é muito importante e para ela deve ser reservar um tempo determinado, tomando cuidado para não absorver o tempo destinado à finalidade principal da reunião: a intercessão pelas necessidades do Grupo de Oração.
g) Depois dessas orações iniciais faz-se um grande louvor e oração em línguas.
h) Em seguida um intercessor apresenta ao Senhor todas as intenções do Grupo de Oração (a Reunião de Oração, o tema da semana, o pregador, os músicos, os demais serviços do Grupo de Oração e os participantes da Reunião de Oração) e as intenções da Rede Nacional de Intercessão (as intenções listadas abaixo), enquanto isso os demais intercessores intercedem orando línguas.
i) Após cada intenção ter sido apresentada ao Senhor, faz-se um grande louvor agradecendo ao Senhor pela sua Misericórdia e Bondade em acolher todos os nossos pedidos.
j) Logo após ora-se em línguas e faz-se um momento de escuta (silêncio) para ouvir o Senhor. Neste momento o Espírito Santo pode revelar uma palavra, uma moção ou profecia relacionadas às intenções que foram apresentadas ao Senhor.
k) Fazer o discernimento e anotar as moções com as confirmações bíblicas se for o caso.
Obs1.: O resultado deste discernimento deve ser anotado e encaminhado para a coordenação do Grupo de Oração se o mesmo se referir a pessoas ou fatos relacionados ao GO. Se não se referir ao Grupo, deve-se encaminhar para a coordenação diocesana do Ministério de Intercessão, que deverá encaminhar para a coordenação que se referir o discernimento. É importante a intercessão ter um caderno com o histórico destas moções e discernimentos.
Obs2.: Quando oramos e escutamos o Senhor, estamos exercendo a intercessão profética. Neste momento devemos fazer uso dos carismas de palavra de ciência, profecia ou sabedoria. Estes carismas são muito importantes na intercessão e, para utilizá-los corretamente, é preciso fazer silêncio e escutar após o momento de louvor ou da oração em línguas. Neste momento o Senhor também pode inspirar uma intenção específica e, neste caso, os intercessores devem interceder por esta intenção após haver o consenso da equipe.
Atenção!
Não é papel da intercessão discernir o andamento do Grupo de Oração, ao qual pertence, mas suplicar e orar pelas necessidades do Grupo de Oração. O núcleo é quem faz o discernimento de como será o andamento do Grupo de Oração.
l) A Reunião da intercessão deve terminar com louvores e orações de ação de graças, crendo que todas as orações já chegaram diante de Deus. O tempo de duração da reunião da intercessão deve ser entre uma hora e meia e duas horas.
IV. Frequência à Reunião da Intercessão
Assim como nas reuniões do Grupo de Oração, os intercessores não devem faltar também às reuniões da intercessão. O dia e a hora do grupo de intercessão devem ser respeitados e levados a sério. A intercessão é um ministério de vida: a pessoa continua a interceder mesmo fora das reuniões, em sua vida diária, em meio aos afazeres. Se um servo (a), mesmo sendo bom (a) intercessor (a), tem dificuldades em frequentar a reunião do Grupo de Oração e/ou a reunião da intercessão, ele (a) não deve continuar na equipe de intercessão.
Naturalmente doenças, viagens, prioridades de estado (família, estudos) fazem parte da vida dos intercessores, acarretando por vezes ausências que não podem ser vistas como infidelidade à aliança. Contudo, se se fizer necessária uma ausência prolongada, deve-se pedir licença da equipe. Nesses casos deve-se buscar auxílio para o discernimento tanto para o afastamento quanto para o retorno.
Núcleo Nacional do Ministério de Intercessão RCCBRASIL


Postagens mais visitadas deste blog

VISÃO ESPIRITUAL

Na véspera do centenário de Fátima, Pe. Amorth avisa: Nossa Senhora pediu a consagração da Rússia, mas não foi feita.