“Sobre tuas muralhas, Jerusalém, coloquei vigias; nem de dia nem de
noite devem calar-se. Vós, que deveis manter desperta a memória do Senhor, não
vos concedais descanso algum e não o deixeis em paz, até que tenha
restabelecido Jerusalém para dela fazer a glória da terra”. (Is. 62,6-7)
Irmãos e
irmãs, não é verdade que nós cristãos e, sobretudo os intercessores, de um modo
ou de outro, precisamos reconhecer-nos nessas palavras da Sagrada Escritura?
Sim! A
Palavra de Deus neste trecho do livro de Isaías nos ensina que não devemos
esmorecer e que é necessária a persistência em pedir e em esperar até que a
ação de Deus aconteça naquela situação que durante a nossa intercessão
apresentamos para o Senhor.
O
intercessor deve permanecer com esperança e disposição, enquanto aguarda com
paciência o agir de Deus em Seu tempo e segundo a Sua vontade.
Quando permitimos
que a fé e a paciência atuem simultaneamente contribuímos para que a ação de
Deus se torne possível, e confiantes na expectativa de que Ele vai cumprir Suas
promessas, passaremos a ver em nosso meio os frutos da intercessão.
“Desejamos, apenas, que ponhais todo o empenho em
guardar intacta a vossa esperança até o fim, e que, longe de vos tornardes
negligentes, sejais imitadores daqueles que pela fé e paciência se tornam
herdeiros das promessas.... Abraão, esperando com paciência, alcançou a
realização da promessa”. (Hb. 6,11-12;15)
Pedir,
esperar e obter são três atitudes muito importantes que contribuirão para
desenvolver a paciência para esperar o cumprimento das promessas de Deus em
nossa vida e em nosso Ministério.
São Paulo
ensina que devemos aguardar o cumprimento da nossa oração não apenas através da
fé ou somente através da paciência. Mas através da fé e da paciência. Estas
duas virtudes são necessárias para se alcançar, ou seja, para que as promessas de
Deus para nós deixem de serem apenas promessas e passem a ser vistas como um
fato realizado.
É a
paciência ou perseverança que vai viabilizar o cumprimento da nossa
intercessão. A fé libera o poder de Deus, mas é a paciência que mantém a fé
agindo o tempo necessário para que este poder continue a ser liberado até
obtermos o que pedimos na intercessão.
Precisamos
ter consciência que o tempo certo é o
tempo de Deus e para vivermos esse tempo é necessário esperar, Deus se
utiliza dessa espera para nos amadurecer e nos formar.
No entanto,
este tempo entre a intercessão e o cumprimento precisa ser bem cultivado pelo
intercessor que espera com fé. É necessário que a Palavra de Deus esteja
presente na sua vida, no seu dia-a-dia para alimentar a esperança e a fé.
Ainda que
inicialmente você não veja nenhum sinal que evidencie que a sua intercessão foi
ouvida pelo Senhor, não perca a esperança. Acreditar que o Senhor vai atender a
sua intercessão é como plantar uma semente na terra. Se a semente for
zelosamente cuidada, regada e adubada, com o tempo ela vai nascer e dará
frutos. Você pode regar e adubar a sua semente através do louvor, da adoração,
da vivência dos Sacramentos, do jejum, etc. Desde o dia que você plantar até o
dia que você for colher os frutos da sua intercessão, adube e regue a sua
semente com o adubo da oração e a água do Espírito e espere com paciência e com
fé o cumprimento das Promessas de Deus em sua vida.
“Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto. Porque
todo aquele que pede, recebe. Quem busca, acha. A quem bate, abrir-se-á”. (Mt.
7,7-8)
Luiz César Martins
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