Para
iniciarmos esta reflexão faz-se necessário, antes, decorrermos o que compreendemos,
por Salvação. Salvação é tudo aquilo que Deus tem feito por nós desde a criação
do universo e que, por ser dinâmica, permanecerá acontecendo até o fim dos
tempos.
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A relação com um
Deus que se apresenta para o povo hebreu como aquele que os conduzirá e será
para sempre seu Deus. O Senhor Deus estreita a relação com o seu povo,
libertando-o do cativeiro e firmando sua lei sobre o monte Sinai. A promessa
dada a Abraão é eterna e prevalece de geração em geração. Esta etapa é marcada
por lutas e conquistas, sendo Deus o grande protagonista dessa história.
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Por
fim, chegamos, através de Jesus de Nazaré, o Messias, ao conceito central de
salvação. Mateus, capítulo 1, versículo 21 nos diz que por Maria nascerá um
filho que se chamará Jesus; e que seu povo, por Ele, será salvo de todos os
pecados. Esta é a plenitude da salvação.
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O
mais interessante é que esta história não está concluída. Ela está acontecendo
e nós somos seus atores, no aqui e agora. Dentro de cada homem, de cada mulher
se trava a mesma luta e urge escrever com nossas vidas a história da salvação.
Para isto, é necessário acolher as orientações divinas relatadas na Bíblia e
levá-las a sério. Elas são palavras de vida e de salvação. O que o povo de
Israel experimentou, no Antigo Testamento, e o que os seguidores de Jesus
Cristo vivenciaram, no Novo Testamento, são referências seguras para a
construção da vida em vista da salvação.
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A
história da humanidade adquire o status de História da Salvação, porque Deus, o
autor de todas as coisas, não permitiu que ela tomasse o rumo da
autodestruição, introduzindo nela o fluxo perene do amor, que dá plenitude à
vida e a salva.
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E
Deus, o autor da nossa Salvação, continua agindo em favor da humanidade no
sentido de oferecer condições para que todos se salvem. Foi assim no Antigo
Testamento, foi assim no Novo Testamento quando enviou Jesus para que as
promessas fossem cumpridas e assim abrir para nós esta possibilidade da
Salvação. E é assim nos tempos atuais, Deus continua nos conduzindo pela força
e pelo poder do Espírito Santo.
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Desta
forma podemos crer que esta celebração de Corpus Crhisti que hoje comemoramos, é
mais uma iniciativa de Deus para a nossa Salvação.
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Quando em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, a freira Juliana de Cornion teria tido visões
de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse
celebrado com destaque, foi sem dúvidas uma ação de Deus para nos apontar
maneiras concretas de nos encaminhar para a Salvação através da fé no
Santíssimo Sacramento.
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Quando em 1264, o Papa Urbano IV através da Bula Papal
"Trasnsiturus de hoc mundo", estendeu a festa para toda a Igreja,
pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos
que, até hoje, são usados durante a celebração, foi mais uma iniciativa do
nosso Deus para que a moção que o Espírito Santo concedia à irmã Juliana se
perpetuasse e se constituísse em um meio concreto para nos ajudar a caminhar em
direção à Terra Prometida.
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Como vimos irmãos e irmãs, este momento que hoje celebramos é, na
verdade, uma estratégia de Deus que a todo o momento está nos chamando a
atenção para acertarmos a nossa rota em direção à Jesus que é o Caminho seguro
para a nossa Salvação Eterna.
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